O câncer de bexiga é uma doença em que células anormais na bexiga, que é o órgão responsável por armazenar a urina, começam a crescer descontroladamente. Esse crescimento anormal forma tumores que podem invadir outras partes do corpo se não forem tratados a tempo.
Quais são os tipos mais comuns de câncer de bexiga?
– Carcinoma de células transicionais: É o tipo mais comum, começando nas células do revestimento interno da bexiga.
– Carcinoma de células escamosas: Surge nas células escamosas, geralmente devido a inflamações crônicas da bexiga.
– Adenocarcinoma: Um tipo raro, que começa nas células glandulares da bexiga.
Qual é a classificação do Câncer de Bexiga quanto ao grau de acometimento?
– In situ (não invasivo): As células cancerosas estão apenas no revestimento interno da bexiga.
– Invasivo: O câncer se espalhou para camadas mais profundas da bexiga e, potencialmente, para outras partes do corpo.
Como o câncer de bexiga se desenvolve?
O câncer de bexiga pode se desenvolver devido a mutações nas células da bexiga, muitas vezes causadas por exposição a substâncias químicas ou toxinas, como aquelas presentes no cigarro. Essas mutações fazem com que as células cresçam e se dividam de maneira descontrolada, formando tumores.
Quais são os fatores de risco para o câncer de bexiga?
- Tabagismo: É o maior fator de risco. Os fumantes têm 3 a 4 vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga.
- Exposição a produtos químicos: Substâncias usadas na fabricação de borracha, couro, têxteis, tintas e outros produtos químicos podem aumentar o risco.
- Idade: A maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 55 anos.
- Histórico familiar: Pessoas com histórico familiar de câncer de bexiga têm um risco aumentado.
Quais são os sinais de alerta?
O sintoma mais comum é a presença de sangue na urina (hematúria), mas outros sinais, como dor ao urinar e necessidade frequente de urinar, também podem indicar o problema. O diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de tratamento eficaz, por isso, qualquer sintoma suspeito deve ser investigado por um urologista.
Como é realizado o diagnóstico do câncer de bexiga?
O diagnóstico do câncer de bexiga envolve uma série de exames e procedimentos para identificar a presença de tumores e avaliar a extensão da doença. Aqui estão os principais métodos utilizados:
– Histórico Clínico e exame Físico
É necessário realizar uma avaliação do histórico de saúde do paciente, incluindo fatores de risco como tabagismo e exposição a substâncias químicas. Um exame físico, especialmente o exame físico abdominal, pode ser realizado para detectar anormalidades.
– Exame de Urina
Exame de urina comum: Pode detectar sangue ou outras substâncias anormais na urina.
Citologia urinária oncótica: A urina é analisada ao microscópio para verificar a presença de células cancerosas.
– Cistoscopia e biópsia vesical
Um cistoscópio (um tubo fino com uma câmera na ponta) é inserido na bexiga através da uretra. Isso permite ao médico visualizar diretamente o interior da bexiga e identificar qualquer anormalidade ou tumor.Durante a cistoscopia, o médico pode coletar amostras de tecido (biópsia) das áreas suspeitas para exame patológico. Essa é a maneira mais definitiva de diagnosticar o câncer de bexiga.
– Exames de imagem
Tomografia Computadorizada (TC): Usada para visualizar a bexiga e verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos.
Ressonância Magnética (RM): técnica de imagem que fornece detalhes sobre a estrutura da bexiga e os tecidos ao redor de forma superior a tomografia computadorizada.
Como é realizado o tratamento do câncer de bexiga?
O tratamento do câncer de bexiga varia de acordo com o estágio da doença, a localização do tumor e a saúde geral do paciente. Aqui estão as principais abordagens:
– Cirurgia
Ressecção Transuretral de Tumor de Bexiga (RTU): Procedimento usado em estágios iniciais, onde o tumor é removido através da uretra usando um cistoscópio.
Cistectomia Robótica: Técnica mais avançada e minimamente invasiva para o tratamento de tumores de bexiga em grau avançado (uma das maiores cirurgias da especialidade urológica). Após a retirada da bexiga é confeccionada uma nova maneira de armazenar e eliminar a urina (com a criação de uma neobexiga ou um urostoma a partir de alças intestinais de intestino delgado).
– Terapia Intravesical
Consiste na aplicação de medicamentos diretamente na bexiga, como a imunoterapia com BCG (Bacilo Calmette-Guérin) ou a quimioterapia intravesical. Esse tratamento é geralmente indicado para tumores superficiais para reduzir o risco de recorrência.
– Radioterapia
Usa radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser usada como tratamento primário em casos onde a cirurgia não é uma opção ou como terapia complementar após a cirurgia.
– Quimioterapia
Pode ser administrada antes (neoadjuvante) ou depois (adjuvante) da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor ou eliminar células cancerígenas remanescentes. Também pode ser usada em combinação com radioterapia em casos mais avançados.
– Imunoterapia Sistêmica
Utiliza medicamentos que estimulam o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas. Pode ser usada em casos de câncer metastático ou quando outras terapias não são eficazes.
– Terapias-Alvo
Medicamentos que atacam especificamente as células cancerígenas, como inibidores de FGFR (receptor de fator de crescimento de fibroblastos), podem ser usados em casos avançados.
O plano de tratamento geralmente é decidido por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, considerando a melhor abordagem para o paciente.
Mensagem final: Cuide-se!
Esse texto tem por função explicar ,de forma pormenor, o que se trata o câncer de bexiga, seus fatores de risco, diagnóstico e tratamento.
Como mensagem final, gostaria de enaltecer que o câncer de bexiga, quando diagnosticado precocemente, tem maiores chances de tratamento eficaz. Por isso, a conscientização sobre o câncer de bexiga e a importância de reconhecer os sintomas precocemente são fundamentais para o diagnóstico e tratamento eficazes.
Se tiver preocupações ou estiver em risco, não deixe de buscar um urologista para avaliação. Você já realizou a sua?
Um forte abraço!